O município de Lages continua como uma das poucas cidades de Santa Catarina sem registro de casos de dengue. A prefeitura de Lages, por meio da Secretaria da Saúde, mantém um trabalho firme contra o Aedes aegypti, pela vigilância contra a propagação da doença. Enquanto várias regiões enfrentam a infestação do mosquito transmissor da dengue, Lages se destaca como um exemplo de prevenção e monitoramento ativo.
A equipe de agentes de Endemias, vinculada à prefeitura pela Secretaria Municipal de Saúde, está incumbida de desempenhar os papéis de prevenção e combate na preservação deste cenário. Com uma rede de 600 armadilhas instaladas em toda a região urbana, estes profissionais realizam verificações e monitoramentos regulares para detectar e eliminar potenciais focos do mosquito.
Sob a coordenação de Marcio Rodrigues, os agentes conduzem inspeções semanais das armadilhas, com atenção especial a locais estratégicos, como borracharias, depósitos de sucatas, cemitérios e floriculturas, onde a água parada pode se acumular. Esta abordagem proativa tem sido fundamental na prevenção da disseminação do Aedes aegypti em Lages.
Ao longo das duas décadas de serviço de vigilância e combate à dengue, apenas 25 focos do Aedes aegypti foram identificados em Lages, conforme relatado por Rodrigues. No entanto, em razão da brevidade da resposta e do monitoramento sistemático, nenhum destes focos conseguiu propagar-se ou desenvolver-se em mosquitos adultos.
A estratégia adotada no município é clara: A detecção precoce de focos é seguida por uma varredura minuciosa, casa por casa, em um raio de 300 metros, a fim de se eliminar recipientes que possam acumular água parada. A abordagem preventiva tem sido eficaz na conservação da cidade como uma zona livre da infestação do Aedes aegypti.
Entretanto, os residentes são lembrados da importância contínua da vigilância e da prevenção. A dengue, uma doença infecciosa febril transmitida pelo Aedes aegypti, continua a representar um desafio global de saúde pública. Os sintomas, que incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, articulares e manchas vermelhas na pele, podem progredir para formas graves, incluindo manifestações hemorrágicas.
Para aqueles que apresentam sintomas após visitar áreas com presença do Aedes aegypti, é essencial procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Além disto, a população é incentivada a relatar quaisquer focos potenciais da doença, entrando em contato com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) por telefone: 3251-7600.
Texto: Thiago Junkes
Fotos: Divulgação