Nos últimos anos, o período de outono/inverno tem sido marcado por mudanças bruscas de temperatura, dividindo os dias entre calor excessivo e frio intenso, o que acaba comprometendo o sistema imunológico, e causa o agravo das doenças respiratórias. Santa Catarina segue com um número elevado de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Em Lages, a Prefeitura segue com o acompanhamento sistemático do cenário. A Secretaria da Saúde monitora e alerta a população como forma de prevenção e reforça a importância da vacinação contra a Influenza (gripe) e os cuidados no período de frio intenso. “Ainda estamos com baixa cobertura vacinal, por isto estamos trabalhando na divulgação da Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe). No sábado (10 de maio) iremos ampliar a cobertura vacinal para toda a comunidade. É importante que as pessoas procurem o imunizante, além dos cuidados que devemos ter durante este período mais frio”, ressalta a secretária municipal da Saúde, Susana Zen.
Devido ao clima frio no município nesta época do ano - de abril a setembro, a Prefeitura de Lages está antecipando a liberação da vacina para toda a população. Durante a Campanha Dia D contra a Influenza, programada para o próximo sábado (10 de maio), o imunizante estará disponível a todas as pessoas, indiferentemente da idade ou grupo prioritário. O objetivo é garantir a proteção individual e coletiva contra as doenças respiratórias.
A Secretaria da Saúde disponibilizará sete pontos de vacinação durante a Campanha Dia D, a ser realizada no próximo sábado (10), das 8h às 17h. Estarão abertas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros São Pedro, Tributo, Santa Catarina, Coral e Promorar, bem como a Sala de Vacinação do Hospital e Maternidade Tereza Ramos e a Central de Vacinação/Central de Imunização, localizada no centro da cidade - Vigilância Epidemiológica.
Segundo o diretor administrativo da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 Horas Doutora Maria Gorete dos Santos, Fernando Aguiar, nos últimos dias do mês de abril, a Unidade registrou aumento significativo no atendimento a pacientes com problemas respiratórios. “Não tem uma faixa etária específica. O aumento de doenças respiratórias atendidas até o momento segue em todas as idades, por isto a importância dos cuidados preventivos para todos.”
Apesar da doença atingir todas as idades, são as crianças e os idosos que ficam mais vulneráveis ao vírus. Em crianças menores de dois anos, os quadros podem ser mais graves. Este grupo é atingido principalmente pelo vírus sincicial respiratório, o principal causador da bronquiolite. Os idosos também ficam suscetíveis, uma vez que têm a capacidade de defesa diminuída pelo processo de envelhecimento. Desta forma, é essencial que as crianças menores de cinco anos, e as pessoas com 60 anos ou mais, recebam a vacina o quanto antes.
Os vírus respiratórios se propagam de indivíduo para indivíduo, através do contato direto com gotículas respiratórias liberadas pela pessoa infectada durante tosse, espirro ou fala. Também podem ser transmitidos de maneira indireta, pelo contato com superfícies e objetos contaminados, em que podem permanecer ativos por várias horas.
Todo indivíduo com Síndrome Gripal (SG) que apresente um ou mais dos seguintes sinais - dispneia ou desconforto respiratório, dor ou pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio inferior a 94% em ar ambiente, ou coloração azulada dos lábios ou rosto (cianose) - deve procurar atendimento médico e seguir as orientações.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno reduzem a transmissão da doença e as complicações que pode causar, evitando aumento de casos de internamento.
Para prevenir as doenças comuns do frio é importante seguir algumas dicas:
- Manter ambientes bem ventilados, com portas e janelas abertas e correntes de ar
- Usar máscaras quando apresentar sintomas respiratórios
- Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais
- Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel com frequência, principalmente depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes de comer e antes e depois de tocar os olhos, a boca e/ou nariz
- Utilizar a etiqueta respiratória (cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar com o antebraço, e descartar lenços e máscaras usadas no lixo)
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas (corrimãos, bancos, maçanetas, etc.)
- Limpar e desinfetar superfícies e objetos que entram em contato frequente com mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres
Texto: Silvana Mateus
Fotos: Fábio Pavan