O serviço disponível pela Secretaria da Saúde garante a continuidade do cuidado e integração com a rede de saúde. Atualmente o programa atende 43 pacientes, acompanhados pela equipe de profissionais do setor. Somente nos três primeiros meses de 2025, foram realizados 5.744 procedimentos, entre eles: curativos diversos, aplicações de medicações intravenosas, visitas domiciliares, visitas em hospitais para desospitalização.
Em Lages, o Serviço de Atenção Domiciliar (Sad), fica localizado na rua Felipe Schimidt, 19, Centro, atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, com plantão diariamente das 7h às 19h, inclusive finais de semana e feriados.
O Programa de Serviço de Atenção Domiciliar (Sad), é destinado ao atendimento de usuários em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária, aqueles com incapacidade física de locomoção até um serviço de saúde e que estejam estáveis clinicamente.
O encaminhamento de pacientes é feito através das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidade de Pronto Atendimento (Upa) e hospitais. Após esse encaminhamento, a equipe realiza uma avaliação no domicílio do paciente ou no hospital, para saber se ele se encaixa nos critérios de acesso ao atendimento domiciliar. A avaliação é feita baseada em escalas, conforme normativas do Ministério da Saúde.
Os atendimentos feitos pelo programa, são por tempo determinado (conforme avaliação da equipe e Portaria 825 de 25 de abril de 2016), até que este seja reabilitado, com melhora na autonomia, ou em que a família já esteja adaptada aos cuidados, sabendo que em algumas patologias não haverá mudança no quadro geral do paciente.
O Serviço de Atenção Domiciliar é crucial para a gestão de saúde, em sua maioria evita internações desnecessárias e garante cuidado personalizado e eficiente no domicílio. “Através do programa acolhemos as famílias fragilizadas com a mudança no quadro de saúde de seus entes, ofertando apoio profissional de equipe multiprofissional à adaptação domiciliar nos eventos não esperados, promovendo conforto e recuperação no ambiente de vivência do paciente”, declarou a Coordenadora e Assistente Social, Daiana Hackbarth.
Muito dos atendimentos assistidos pelo programa são paliativos, casos em que a equipe se disponibiliza em deixar o paciente o mais confortável possível, além de prestar auxílio aos familiares, orientar e acolher, sempre respeitando a vontade do paciente.
Alziro Rodrigues, é um dos pacientes que fazem parte do programa, ele fala sobre o medo de voltar para o hospital e ter que deixar a esposa sozinha. “Fiquei internado vários dias em Itajaí, e foram essas meninas que vem aqui em casa que me salvaram, faço qualquer coisa para não precisar voltar para o hospital, não posso deixar minha esposa sozinha”, comenta.
Na casa da Nadia da Silva Brito, que passou por uma amputação, a situação não é diferente, o tratamento segue sendo realizado em casa pela equipe do SAD. “Essa equipe é de anjos, sofri muito no hospital, e agora já é possível ver a melhora, o atendimento e o cuidado delas está sendo fundamental para recuperação”, afirma.
O Sad se divide em três Equipes, sendo duas equipes de Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (Emad) e uma Equipe Multiprofissional de Apoio (Emap), compostas por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social e psicólogo.
Para ser elegível ao Serviço de Atenção Domiciliar, serão considerados três tipos de modalidades graduadas em relação à complexidade do cuidado que será ofertada ao usuário:
Modalidade Atenção Domiciliar (AD1)
Destina-se a pacientes que possuem problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção, pacientes com quadros crônicos, sem processos agudos, com familiares/cuidadores já adaptados aos cuidados. O acompanhamento é realizado, mensalmente pela equipe técnica da Atenção Básica.
Modalidade Atenção Domiciliar (AD2)
Destina-se a usuários que dependem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, exemplos: doenças crônicas agudizadas, degenerativa, afecções agudas, cuidados paliativos e/ou outras situações.
Modalidade Atenção Domiciliar (AD3)
Destina-se a pacientes semelhantes aos da AD2, mas que façam uso de equipamentos específicos. São pacientes de maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares. Exemplos: ventilação mecânica, paracentese de repetição, administração de medicações injetáveis diariamente.
Texto e fotos: Silvana Mateus