Na pediatria, a média de ausência mensal é de 30%
Uma das vertentes do serviço público em Saúde passa constantemente pela preocupação diária dos gestores quanto ao andamento das respostas às demandas de forma mais linear possível. E para que se alcance este resultado deve haver uma parceria responsável e consciente entre a esfera pública e a comunidade, em que todos cumpram seus deveres no caminho para a eficácia do serviço, baseados no bom senso da coletividade.
Contudo, infelizmente, no dia 30 de novembro, dos 22 pacientes agendados para consultas de pediatria na Policlínica Municipal, apenas cinco compareceram, uma quebra de 77,27% já que 17 crianças e adolescentes faltaram, juntamente a seus pais ou responsáveis, sem ao menos avisar ou prestar qualquer outro tipo de esclarecimento à Secretaria da Saúde. Na pediatria, a média de ausência mensal é de 30%. Em outras especialidades, a porcentagem varia de acordo com a oferta e o número de agendados. “Hoje em dia algumas especialidades podem ser agendadas no momento da procura, como por exemplo, otorrinolaringologia. Para outras pode-se aguardar até dois meses em razão da grande procura”, explica a gerente da Policlínica, a enfermeira Raquel Schuelter Vieira, enfatizando que o maior tempo de espera é para psiquiatria, urologia, pneumologia, neurologia, dermatologia e oftalmologia, que pode ser acima de dois meses.
Atualmente a Policlínica oferece 18 especialidades médicas. As consultas médicas com especialistas na Policlínica devem ser agendadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mediante encaminhamento do médico clínico geral que o avaliou em consulta na Unidade de referência no bairro.
Orientações
A gerente da Policlínica lembra que as faltas sempre existiram, porém, não tão acentuadas como agora. “Neste caso do dia 30, o número de faltosos foi extremamente significativo. O alerta é que as pessoas não faltem às consultas, e se não puderem ir, por favor, avisem. Temos filas de espera, sim, agravadas pelos próprios usuários que não comparecem e, consequentemente, não passam a sua vaga a quem não está necessitando do atendimento. Isto é lamentável e nos deixa apreensivos, pois trabalhamos diariamente em busca de maior agilidade no serviço e contamos com a colaboração de toda a comunidade”, pontua Raquel.
Outro tópico levantado pela gerente trata dos usuários que, por conta do tempo de espera, acabam procurando outros meios para sanar seu problema e decidem por não desmarcar sua consulta na Policlínica, aumentando ainda mais a espera, causando um efeito “cascata” com reflexos sobre os demais cidadãos. Entre os motivos também pode estar o esquecimento do agendamento.
A orientação à população, nas eventualidades em que o cidadão estará impossibilitado de comparecer à consulta, é de que avise a Unidade de Saúde, e assim, por sua vez, comunicará a Policlínica, ou, se possível, informar presencialmente, se deslocando até a Policlínica, ao lado da Vigilância Epidemiológica e próxima ao Pronto-Atendimento (P.A.), ou ligar para 3251-7983, com funcionamento de segunda sexta-feira das 7h às 17h.
No caso inverso, quando a Secretaria precisa prestar um aviso ao paciente sobre sua consulta e o contato não se efetua por alguma razão, a Unidade é acionada e então o Agente Comunitário de Saúde (ACS) irá procurar a residência da pessoa e inteirá-la do assunto em questão. A gerência informa que, quando o médico se ausenta por imprevistos, as consultas são reagendadas.