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Programa da Secretaria de Saúde monitora a qualidade da água consumida em Lages
05/09/2018
cidade foi uma das primeiras no Estado a implantar o programa que consiste na análise da água coletada em 30 diferentes pontos da cidade, com grande circulação de pessoas / Fotos: Keltryn Wendland

As coletas do Vigiágua são analisadas no Laboratório de Águas

A água consumida em Lages passa por um longo percurso, desde a captação no Rio Caveiras, até chegar as torneiras das mais de 60 mil unidades no município. A responsabilidade pela captação, tratamento, abastecimento e manutenção da rede de distribuição é feita pela Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), que mantém um rígido controle sobre todos os processos e análises do sistema de abastecimento. Mas você sabia que além desse controle, a Secretaria de Saúde, através Vigilância Epidemiológica, também realiza periodicamente o monitoramento da qualidade água fornecida pela Semasa?

Essa ferramenta de controle sanitário, que existe em Lages desde o final da década de 1990, faz parte do programa Nacional de Vigilância da Água para Consumo Humano, o Vigiágua. A cidade foi uma das primeiras no Estado a implantar o programa que consiste na análise da água coletada em 30 diferentes pontos da cidade, com grande circulação de pessoas. Seguindo o protocolo, a primeira coleta é sempre realizada no Tanque de Contato da Estação de Tratamento da Água (ETA) da Semasa. Além disso, também são feitas captações em outros pontos da rede e em locais com grande circulação de pessoas, como hospitais, escolas, terminal rodoviário, asilos, residências, entre outros. O trabalho é executado pelos fiscais da Vigilância Sanitária, Flávio Michelon e Sandro Silva Gerber, ambos engenheiros sanitários, que recolhem as amostras, encaminham para o laboratório e monitoram o controle realizado pela Semasa. O objetivo é verificar possíveis alterações ou resultados fora dos padrões devido a vazamentos, redução da concentração de cloro ou reparos na rede. Se ocorrer alguma inconformidade em uma das análises, a Semasa será notificada pra correção, e uma nova coleta será feita no local, com mais um ponto acima e outro abaixo do problema identificado. “Tanto a Semasa quanto a Vigilância podem assegurar a qualidade da água que chega até o relógio das unidades residências e industriais, que é o ponto até onde acompanhamos e são feitas as coletas. Por isso a importância dos proprietários procederem a manutenção e a limpeza periódica dos reservatórios ou caixas d’água uma vez ao ano”, recomenda Michelon.

Laboratório de Águas

O laboratório de Águas de Lages foi inaugurado em agosto de 2015, a partir de uma parceria entre o município e o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC). Com o propósito de descentralizar e facilitar os serviços para Lages e os demais municípios que integram a região serrana, os equipamentos foram fornecidos pelo Lacen e os funcionários cedidos pela prefeitura. Na estrutura que está instalada no subsolo do prédio da Vigilância Epidemiológica são realizados testes de microbiologia (coliformes totais e Escherichia coli, indicador de contaminação fecal), organoléptico e físico-químico (turbidez, fluoreto), utilizando os mesmos Procedimentos Operacionais Padrão (POPS), formulários, controles de qualidade, e calibração de equipamentos) e insumos disponibilizados pelo Lacen. Mensalmente são analisadas mais de 700 amostras de água dos municípios cadastrados no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) do Siságua. “Por isso não atendemos o público externo (particulares), porque nos reportamos ao Lacen que determina os serviços, metas, prazos e quantidades de amostras, que são baseadas no número de habitantes das cidades”, explica o farmacêutico analista clínico, Célio Rogério Ramos Filho, responsável pelos procedimentos juntamente com a técnica Joselaine da Rosa.

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