A escola foi autuada por infração ao artigo 8° caput do Decreto n° 17.970, incluindo o parágrafo III do Decreto n° 18.071, que prevê o uso de máscaras por todas as pessoas que circularem em território municipal
Aline Tives
A Prefeitura de Lages, com apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Vigilância Sanitária realizou ação de fiscalização na escola particular de cursos profissionalizantes que promoveu aglomeração de alunos sem o devido distanciamento e uso de máscaras, durante aula prática, na noite desta quinta-feira (30 de julho). O vídeo circulou nas redes sociais, causando indignação da população.
A escola foi autuada por infração ao artigo 8° caput do Decreto n° 17.970, incluindo o parágrafo III do Decreto n° 18.071, que prevê o uso de máscaras por todas as pessoas que circularem em território municipal. Os proprietários do estabelecimento deverão pagar multa máxima de dez Unidades Fiscais do Município de Lages (UFMLs), sendo o valor total de R$3.540,00.
A Polícia Militar também vai verificar nos vídeos que estão circulando e também nas câmaras de vídeomonitoramento a identidade dos alunos que não utilizavam máscaras. Os mesmos deverão ser multados no valor de R$354,00 (uma UFML). “Esta foi a primeira multa aplicada aos que descumprem o decreto, uma situação que não gostaríamos, mas precisamos conscientizar a todos e infelizmente precisa ser desta forma. Que sirva de exemplo a todos os lageanos, que se cuidem e cuidem dos outros usando máscara e álcool em gel”, declara o prefeito Antonio Ceron.
A Vigilância Sanitária e o Corpo de Bombeiros verificaram também o local onde acontecem as aulas teóricas, que estavam dentro das normas de 30% da capacidade de lotação. O Alvará de funcionamento, vencido em maio, terá um prazo para ser regularizado.
Secretaria da Mulher se manifesta contra
No vídeo mostra que aproximadamente 40 alunos, entre homens e mulheres, praticavam a corrida, requisito necessário durante as aulas práticas do curso de Bombeiro Civil. Além da falta das máscaras por muitos, outro ponto que chamou a atenção foi uma canção entoada por eles, que fazia apologia ao machismo.
A secretária municipal de Políticas para Mulher, Marli Nacif, acompanhou a visita ao local e conversou com os proprietários. “Este tipo de canção é ofensiva às mulheres e incentiva ao machismo. Vivemos no nosso dia a dia manifestações inadequadas a todo o momento e trabalhamos 24 horas por dia para livrar as mulheres da submissão. Não podemos aceitar atos como este. Exigimos respeito, pois as mulheres podem estar onde elas quiserem”, enfatizou.
Texto e fotos: Aline Tives